A popularização do clareamento dental, que está mais barato, trouxe um perigo: kits para clarear os dentes são vendidos por preços baixos na internet e há quem realize o tratamento sem supervisão de um dentista. Porém, tal prática, segundo especialistas, aumenta a possibilidade de surgirem problemas na gengiva e na estrutura do dente.
“O principal risco da prática não supervisionada é a exposição excessiva ao produto clareador, o que pode levar a um processo inflamatório no tecido da gengiva e à sensibilidade do dente. Além disso, a partir do chamado ponto de saturação, que é o grau máximo de clareamento, pode ocorrer o comprometimento do esmalte”, diz Patrícia Freitas, professora da Faculdade de Odontologia da USP.
Com ou sem supervisão?
Segundo Mauro Piragibe, consultor da Associação Brasileira de Odontologia, a venda do kit de clareamento não é proibida pela Anvisa (vigilância sanitária), por ser considerado um produto com fins cosméticos, no entanto, seu uso sem supervisão não é recomendado pelo Conselho Federal de Odontologia. “O paciente não sabe a quantidade do produto que deve aplicar, quanto tempo tem que usar e nem sabe se pode usar, porque se ele tiver problemas como cárie, placa bacteriana e gengivite, tem que tratar essas doenças antes de tudo”, diz.
Já o clareamento com supervisão não costuma oferecer riscos, segundo Mario Sergio Giorgi, presidente da câmara técnica de dentística do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. “É um procedimento seguro e o resultado varia entre os pacientes. Alguns conseguem clarear apenas um tom, outros mais que isso. A ideia é que a pessoa faça limpeza e trate os problemas para então avaliar se o clareamento vale o investimento”.
Fonte: CROSP
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